segunda-feira, 23 de maio de 2011


Dia do Apicultor

Apicultura é a arte de criar abelhas, podendo ser praticada por homens ou mulheres, como hobby ou atividade profissional. Esta é uma atividade muito antiga, originária do Oriente, tendo a China, o México e a Argentina como os principais países exportadores e a Alemanha e o Japão como os maiores importadores. A exploração dessa atividade sempre foi feita de maneira muito rudimentar e os enxames eram quase totalmente destruídos no momento da colheita do mel, tendo que se refazer a cada ano. Mas com o conhecimento adquirido através dos tempos, hoje o convívio com a abelha é diferente.

O apicultor é a pessoa que se encarrega de cultivar os produtos proporcionados pelas abelhas. As colméias artificiais que o homem fornece às abelhas são muito variadas e têm evoluído com o tempo. As mais rústicas eram simples troncos ocos ou cestos de vime; hoje em dia, utilizam-se diferentes tipos de caixas, que são muito mais práticas e fáceis de manejar. O verdadeiro trabalho do apicultor começa após a instalação de suas primeiras colméias. É a partir desse momento que começam as diferenças entre a apicultura racional da pilhagem e a exploração de enxames que vivem em estado natural.

O papel do apicultor é o de amparar suas abelhas nos momentos mais difíceis, para poder se beneficiar nos estágios em que as colméias se encontram na plenitude produtiva. Para tanto, é preciso que se entenda que a colônia vive em constante ciclo e nos períodos de escassez de alimento, a família definha, os zangões são expulsos da colméia, cai a postura da rainha e, consequentemente, diminui ou cessa a produção de mel, pólen e cera. É aí que entra a ação do apicultor, socorrendo sua colônia. Ele deve providenciar alimento artificial para sua criação, reduzir a entrada do orvalho nos períodos de frio, auxiliar na manutenção da temperatura ambiente no interior da colméia, fornecer cera, poupando as abelhas dessa tarefa, verificar o estado dos quadros etc.

Os maiores produtores de mel estabelecem suas colméias em zonas de agricultura intensiva de laranja, de eucalipto, pois não é prático cultivar plantas para a produção de mel. Nas épocas de floradas, a produção de mel da colônia é farta e o apicultor colhe boa parte, sem causar prejuízo às abelhas.

Igualmente, cresce a produção de pólen, cera, geléia real e própolis, que também é explorada racionalmente. Assim a colônia cresce, permitindo ao apicultor o desenvolvimento e ampliação de seu apiário, fortalecendo famílias fracas, desdobrando colônias mais vigorosas, e criando novas rainhas para substituir as já velhas, cansadas e decadentes.
É o apicultor que sabe qual é o melhor momento para colher o mel e qual a quantidade que pode extrair sem prejudicar as abelhas. O apicultor tira, unicamente, os favos que contêm mel maduro e os coloca em uma máquina centrífuga, extraindo o mel sem quebrar os favos, para que depois possam ser utilizados novamente. Antes de engarrafar o mel, o apicultor o filtra para que fique livre dos restos de cera.

Não basta apenas ter algumas colméias para ser apicultor, é preciso entender o comportamento social das abelhas, sua biologia e estar sempre se atualizando sobre técnicas de manejo e produção. Isso é o que torna esta arte ainda mais nobre e cativante, pois as descobertas nunca param. A importância da abelha e do mel para a humanidade é indiscutível, pois ele é o adoçante mais antigo que se teve notícia. Os arqueólogos encontraram vestígios do mel em peças de barro que datam de 3.400 anos antes de Cristo. Mas os cientistas afirmam que ele deve ser muito mais, visto que a origem das abelhas consta de 42 milhões de anos. No calendário encontramos duas comemorações pertinentes à esse assunto: 21/06, "Dia do Mel" e 03/10, "Dia da Abelha

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