segunda-feira, 30 de maio de 2011

31 DIA DA COMISSÁRIA DE BORDO


Os anos dourados da aviação

O desenvolvimento da aeronáutica durante a Segunda Grande Guerra permitiu aeronaves maiores e mais seguras, as hélices foram substituídas por turbinas e já nos anos de 1950, a profissão de aeromoça perdia somente para a de modelo e estrela de cinema, na escala dos sonhos das jovens.

Com aviões mais seguros, a imagem de "anjo da guarda" pôde ser substituída pela do glamour e, no cinema dos anos 60, o papel de aeromoça era tratado como um verdadeiro troféu para homens de boa situação financeira. A Branniff, companhia aérea texana, foi uma das que mais exploraram a nova imagem de suas funcionárias, vestindo-as com uniformes desenhados por designers famosos e batizando seus aviões com nomes femininos.

Seu lucro logo duplicou, explica Ammann. Neste caso, a aeromoça não somente aparecia na propaganda, a propaganda era ela própria, mas não como aeromoça e sim como imagem feminina.

Outras companhias também seguiram o mesmo exemplo: "Vou processar a Varig pela minha separação", anunciava uma dona-de-casa com avental e espanador numa propaganda da Varig de 1962, relata Ammann em sua pesquisa. Na mídia e na propaganda, a imagem da profissão era quase sempre feminina, enquanto o passageiro e o capitão eram homens. Ammann explica que a exacerbação da exploração comercial desta imagem da aeromoça resultou na sua vulgarização.

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